O Grito Rock fomenta a circulação de artistas todos os anos, sendo um projeto que conecta produtores e cria variados percursos possíveis entre as cidades. Nesse contexto, as turnês se apresentam como uma ótima ferramenta, viabilizando uma circulação mais sustentável para os artistas e um casting de maior diversidade para os produtores.
Em Minas Gerais, os produtores de seis cidades se articularam na criação de duas rotas. As inscrições acontecem do TNB, que serve de ponto de encontro e networking entre artistas, bandas, produtores, agencias, selos e outros agentes da cadeia musical. “Ao mesmo tempo em que se comunicam, os usuários também tem uma ferramenta de trabalho”, comenta Gabriel Ruiz, um dos gestores da rede social.
“A quantidade de cidades produtoras e o período de realização dos festivais facilita muito a composição das turnês”, explica Tássio Lopes, responsável pelo Grito Rock em Minas Gerais. “As duas rotas não se cruzam, mas servem, cada uma em sua região, para impulsionar as conexões entre os agentes da cadeia produtiva do festival”, ele comenta.
Para Gabriel Murilo, um dos produtores do festival no Estado e ex-integrante do Macaco Bong, banda que já fez turnês por meio do Grito Rock, a sustentabilidade proporcionada pelas rotas garantem o êxito tanto para os realizadores quanto para os músicos. “A partir dessa logística planejada entre essas cidades, a gente reduz custos financeiros e aumentamos o número de apresentações”.
A primeira delas é rota “Triângulo Mineiro” que apresenta um circuito formado pelas cidades de Patos de Minas, Uberaba e Uberlândia, polos de efervescência cultural e de potencialização da cena independente. O artista ou banda selecionado se apresenta nos dias 13, 14 e 15/03 respectivamente nos pontos em questão.
Com nome de uma das tribos que marcaram a narrativa indígena em Minas Gerais, a Rota dos Puris é composta pelos municípios de Juiz de Fora, Antônio Carlos e Nova Lima. Os artistas e bandas selecionados farão shows nos dias 7, 8 e 9 de março.